domingo, 4 de março de 2018

No Abraço da Morte

Nos últimos dias tenho andado a ouvir esta senhora a tocar:


É verdade que não percebo nada de música, e quem sou eu, um leigo a fazer crítica musical, mas tenho ouvidos, e acho esta composição muito boa. É poderosa, mexe connosco. E a grande mais valia da música é essa, a capacidade de mexer com o nosso estado de espírito. 

Na verdade até no trabalho a estive a ouvir. Muitos meses depois voltei finalmente para a minha caverna, ao meu trabalho específico, mais isolado e solitário, em que passo horas sem falar com ninguém, e então, muitas vezes, coloco um pouco de música de fundo. E esta senhora foi uma das escolhas.

O mais irónico disto tudo é as pessoas passarem e acharem interessante eu estar a ouvir "música clássica", quando nem fazem a mais pequena ideia que isto é uma música de 1996, de uma banda norueguesa de Black Metal que se chama Dimmu Borgir. Sim uma daquelas bandas em que os músicos têm cabelos compridos, se vestem de preto, e muitas vezes andam com cruzes invertidas ao peito. 


Sim, esta composição que a senhora lasciva do piano está a tocar é de uma banda de Black Metal. Uma banda que, se a maioria das pessoas ouvisse achariam, inocentemente, que aqueles músicos só fazem barulho, se calhar nem sabem tocar, berram como se não houvesse amanhã e não estão sequer a cantar nenhuma letra. Mas isso é o erro de julgar sem conhecimento de causa. É constatar o óvio mas não ver o essencial. E o essencial é que a composição é lindíssima. 


...Unhallowed by the infernal one
We are forever captured
By the embrace of death

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