segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Tipologia dos Ataques Pessoais às Mulheres

"Gostaria aqui de falar da nomeação da Helena Fraga para um cargo importante da direção do PSD. Assistiu-se, sobretudo nas redes sociais, a uma quantidade muito violenta de ataques à senhora. Eu apenas me cruzei com a senhora uma vez na minha vida, não a conheço bem pessoalmente, mas fiquei um bocadinho impressionada, sempre que vejo ataques que têm tendência a serem dirigidos, e sobretudo com caraterísticas pessoais e de género. E nesse sentido eu gostava aqui de deixar a minha opinião, que é apenas minha, e certamente muitos dos que me estão a ouvir não vão concordar comigo, mas eu estou convicta de que muitos destes ataques se devem ao facto dela ser mulher. E normalmente as mulheres que estão na esfera pública são muito mais fortemente atacadas que os homens e, sobretudo são atacadas de uma maneira mais feia. De uma maneira que tem a ver com os traços físicos, os traços fisionómicos, com a voz, com o aspeto, com o cabelo... 

- Mas de onde é que vêm os ataques às mulheres? Vêm normalmente de outras mulheres. E eu não estou aqui a assinalar os ataques que têm a ver com orientações políticas. Eu estou a falar dos ataques pessoais. Que são ataques que têm recorte de género. E é sobre isto que isto queria aqui deixar o meu olhar negativo, porque o que vi é feio, e mais uma vez tem a ver com a fragilidade de se ser mulher e a vulnerabilidade de se ser mulher, que tem uma exposição muito maior o tipo de ataques que infelizmente as mulheres ficam sujeitas. 

As mulheres quando se expõem publicamente ficam sempre muito mais vulneráveis pelo facto de serem mulheres. Interessa-me a mim o tipo de ataque alarve que faz e com recorte de género, e isso é que não gosto e que quero aqui denunciar e dizer que, se ela fosse homem muitos desses ataques tinham outra tipologia e lamento que ainda haja ataques com este tipo de maldade."
(Gabriela Canavilhas)




domingo, 25 de fevereiro de 2018

Emma Chambers 1964 - 2018

Quem é que em 2018 morre aos 53 anos de "causas naturais"? Só pode mesmo ser uma piada... De morte!

 

Retirar o Time de Campo


"Então, e tens falado com a.... ? " 

Não, não tenho. 

Os brasileiros que gostam muito de futebol, se calhar mais até do que nós portugueses, têm várias expressões futebolísticas que se adequam a várias situações da vida e uma delas é precisamente esta: 

Retirar o time de campo. 

O exército tem de saber quando tem de atacar em força, subjugar e aniquilar completamente o inimigo, tal como também tem de saber que, por vezes, o mais sensato é bater em retirada antes que seja aniquilado. 

E se há momentos em que é preciso saber quando temos de investir em força sobre o adversário, fazer marcação cerrada, atacar, ir com tudo para cima, por outro lado também temos de perceber que há momentos em que por mais que desatemos a correr, nunca que vamos conseguir apanhar a bola antes desta ultrapassar a linha. Só estaremos a ter um enorme gasto de energia inútil. Iremo-nos cansar, ficar ofegantes e tudo para nada. Se tivéssemos aceitado que nunca que lá chegaríamos a tempo, teríamos desistido a tempo de ir ocupar tranquilamente a nossa posição dentro de campo, que ficou desguarnecida com esta imprevidência. 

Sim, há pessoas muito persistentes, e sem dúvida que muitas vezes conseguem os seus intentos. Estou ciente disso. Mas outras pessoas há, como eu, que não gostam de malhar centeio verde. Se tenho interesse em determinada pessoa acho que o demonstro claramente. Acho que ainda me consigo expressar, ainda que, na maioria das vezes sublimiarmente. Também não temos de parecer desesperados, muito menos penso que seja preciso fazer desenhos. 

E subliminarmente transmito a mensagem. "Pareceste-me interessante. Gostei de ti. Se quiseres podemos ser amigos." Mas depois é preciso perceber as mensagens que vêm do outro lado. O interesse que é demonstrado por nós. E não podemos deixar que o nosso interesse nos tolde a visão e querermos à força toda acreditar que, se insistirmos mais e mais, os outros vão-nos querer nas suas vidas. É assim que se formam os perseguidores, com essa excessiva necessidade de atenção e baixa auto-estima. Querem à força toda que os outros gostem deles: "Anda lá gosta de mim. Eu sou a tua vida. Está escrito nas estrelas. Ninguém te vai fazer feliz como eu. Se não fores meu não serás de mais ninguém". Não! Não temos que nos impingir aos outros. Não podemos obrigar os outros a gostar de nós, a quererem ser nossos amigos. Nós só nos podemos disponibilizar, nada mais. O resto, o restante esforço de aproximação, tem de ser feito pela outra parte. 

Acho que sim, que nos devemos disponibilizar, mostrar abertura para - "abre-te ao novo" - mas não nos podemos querer impingir, sentar ao lado daquela pessoa, e achar que ela irá querer seguir viagem connosco. Segue se quiser, se tiver interesse. Tal como nós, tantas vezes, não seguimos viagem com tantas outras pessoas que se calhar queriam que ficássemos ao lado delas. 

E há tempo de persistir e de mostrar interesse; tempo de marcar o território e de ir à luta. Mas também há tempo de aceitar que o melhor, como dizem os nossos irmãos brasileiros, é tirar nosso time de campo.


sábado, 24 de fevereiro de 2018

Conversas Improváveis 22

Entra uma senhora num estabelecimento de comércio tradicional no Porto, com uma cara de grande sofrimento. A dona do estabelecimento, que conhece a cliente, pergunta-lhe:

- "Ó doutora por que é que está com uma cara tão abatida?
Olhe, é um joelho que me anda a dar muitas dores..."

Que os médicos fiquem doentes não me surpreende, afinal, são humanos. Mas que os médicos, que entopem os outros de comprimidos e mais comprimidos, de exames e mais exames, e que depois eles mesmos, que tudo sabem de todas as drogas que há no mercado, andem cheios de dores, isto é algo que me deixa a pensar. 

Acho que é caso para dizer: "Em casa de médico, medicamentos de grilo"! 
Talvez não os tomem por saberem o quão mal que eles fazem. E tudo isto, sem dúvida, que é muito revelador. 


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

O Dia-a-Dia em Portugal na Idade Média

"A vida dos portugueses na Idade Média talvez não seja tão diferente da vida da atualidade.
Eu não sei se nesse tempo havia tempo para tristezas e melancolia. É claro que havia as festas e divertimentos da nobreza, e as festas e divertimentos do povo, mas de uma maneira geral tudo dava lugar a uma festa.

Não podemos ver o passado à luz dos nossos olhos atuais.

A terra era a principal fonte de riqueza. A quem é que pertenciam as terras? As terras pertenciam ao rei, à nobreza e ao clero. É claro que depois o povo onde é que para no meio disso tudo? O povo vai arrendar terras a esses senhores. Arrenda uma parcela de terreno e esse arrendamento é pago em géneros, é pago em dias de trabalho nas terras que pertencem ao senhor,e mais tarde, uma percentagem paga em dinheiro. Impostos. Muitos impostos. E o dízimo de tudo pago à Igreja. E o senhorio poderia cobrar os impostos que quisesse.

As mulheres trabalhavam? 
As mulheres do povo trabalhavam. Esse é outro dos mitos. A mulher na Idade Média trabalhava lado a lado com o homem. Trabalhava na agricultura, trabalhava no comércio, e se fossem solteiras poderiam ter as suas lojas.

Nessa altura já havia contracetivos. Sempre à volta das mezinhas. E já havia forma de abortar. É claro que o aborto não era bem visto, mas o próprio livro do Pedro Hispano tem lá várias receitas

Era prática da época dar uma criança em amamentação a uma ama. Porquê? Porque teoricamente uma mulher em amamentação não engravida, e era normal amamentar uma criança durante três ou quatro anos. Ora, teoricamente, se uma mulher estivesse três ou quatro anos a amamentar o seu filho, eram três ou quatro anos de gravidezes perdidas.

Casamentos negociados a nível da Nobreza e da realeza. A nível do povo não. Nao eram negociados? Casava-se por amor? A nível do povo tudo era mais liberto, tudo era mais simples. É claro que o casamento válido, seria o casamento pela Igreja, mas de qualquer das formas podia-se casar dizendo só mais ou menos estas palavras:
"Queres casar comigo? Quero. Queres casar comigo? Também quero. E estamos casados". Sem testemunhas? Sim. Isso é melhor do que hoje!

Claro que era por amor. E repare que o casamento entre o nosso D. Fernando com a Dona Leonor Teles, começa por ser um casamento às escondidas. É um casamento a furto, porque a população não gostava da Dona Leonor Teles....


Ana Rodrigues Oliveira, autora do livro "O dia-a-dia em Portugal na Idade Média" no Programa Quinta Essência / Antena 2

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Ping Pong Sexy - Bernadette Szocs



Bernadette Szőcs tem 22 anos, 1,60m e é a campeã romena (de origem húngara) de Ténis de mesa. Foi uma promissora campeã júnior e está atualmente no lugar 40 do ranking mundial. Recentemente ganhou o torneio ITTF Europe Top 16 que conta com as 16 melhores jogadoras do ranking europeu (algumas de origem asiática naturalizadas).









O Ténis de mesa é o meu desporto preferido, que vou jogando quase diariamente de forma amadora. É para mim o desporto mais espetacular que conheço, é o jogo em que a bola tinge maior velocidade (cerca de 230Km/hora) e a modalidade de raquete que mais rotação imprime sobre a bola. É um desporto espetacular, e no meu entender, jogado no feminino, pode ser muito sexy!

Já agora, acho que a Bernadette Szocs também pode muito bem ir para a galeria:

# As Mulheres Atletas São Todas Feias!!


domingo, 18 de fevereiro de 2018

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Notícia Mais Importante do Dia

Está frio. 

Um gajo sai do trabalho, liga o rádio para saber das notícias do país e do mundo, e a coisa mais importante que os jornalistas têm para nos informar é que, estranhamente, em pleno pico do Inverno, está frio!

Estou em crer que para os senhores jornalistas, o normal seria que, nas primeiras semanas de Fevereiro, as pessoas saíssem para ir até à praia, ou para os rios, para se refrescarem do imenso calor que costuma fazer por estes alturas costuma fazer em Portugal. 

Mas não, estranhamente, em pleno Inverno a notícia é que está frio! 

E que fazem as pessoas para combater o frio? 

Uma coisa estranhíssima e sem qualquer sentido. Nestes dias normais, de frio de Inverno, em Portugal, com temperaturas de -2 ou -3 graus, os portugueses cometem a loucura de vestir roupa para se agasalharem e acenderem lareiras ou aquecedores em casa. É uma loucura, uma coisa nunca vista. 

Estamos em pleno Inverno, e a notícia mais importe do dia é esta: Está frio!

Imagem Via Google Images

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Conversas Improváveis 21

- Como é que se chama a gatinha?
- Kitty. Eu gostava de mudar, se bem que já tem o nome registado, no passaporte e tudo. 

Um nome que eu acho muito bonito para uma gata é Bolha.
- Bolha? Nunca ouviste a expressão "Levar na bolha"? 
Não. 

(Ao longe eu acenava afirmativamente com a cabeça)

- Vês? Ele sabe do que eu estou a falar. 
- Ah, vocês conhecem essa expressão porque já são os dois muito velhos!

(A sério, não vás mesmo por aí!)



Duas Mulheres, Dois Gestos, Duas Décadas...

Vinte anos é muito tempo. Eu ia na camioneta, de volta para casa, sentado ao lado de uma adolescente cinco anos mais nova que eu. Íamos do lado esquerdo do autocarro, ela do lado da janela e eu à sua direita. Já não sei o que ela me contou... Há coisas que se esquecem, pormenores que se vão perdendo. É por isso que ter uns cadernos de apontar a vida, tal como fazia a Clara, talvez fosse boa ideia, mais ainda se vinte anos depois quiserem escrever sobre isso! Não sei o que ela me disse, mas sei o que aconteceu. E sei o que aconteceu, provavelmente, porque o que aconteceu foi bem mais importante do que o que ela me disse. Só sei é que ela ficou muito triste, talvez tenha mesmo chorado e eu sei que fiquei imóvel, petrificado, não fazendo o menor gesto para a confortar. E se por um lado eu achava que deveria ser assim que me deveria comportar, afinal, estava perante uma jovem que tinha namorado, mas por outro, eu sabia que poderia estar a passar por alguém muito frio e insensível. Nem sempre é fácil encontrar o gesto apropriado. O certo é que passei por frio e insensível.

Vinte anos depois, fui transportado no tempo para o sofá de um apartamento, decorado com extremo bom gosto, de uma mulher cinco anos mais velha que eu. Eu estava ali e já sabia o quanto aquele momento lhe ia custar. Se calhar a vida também não tem sido muito justa com ela, apesar dela parecer aceitar tudo que a vida tiver, de bom ou de mau, para lhe oferecer. Em diversos momentos ela emocionou-se, e aqueles seus grandes olhos, castanhos, deixaram rolar várias lágrimas pelo rosto abaixo. Então, nesses momentos, eu, que estava mesmo do seu lado direito, afaguei-lhe com a mão o seu denso cabelo cortado acima dos ombros. Quando nos despedimos pela última vez, eu, que estava com as mãos ocupadas carregando caixas, encostei o meu rosto ao dela, e beijei-lhe, repetidamente, a testa, tentando fazer-lhe sentir que tudo haveria de ficar bem. Eu estava a beijar uma mulher que tinha visto uma só vez, nove meses antes. E muito provavelmente não nos voltaremos a ver.

Via Google Images

Ranking da Hipocrisia

Se andam a avaliar as competências das escolas e o trabalho dos professores pelos resultados dos alunos nos exames nacionais, e até se fazem títulos nos jornais e se abrem telejornais com as "melhores" e as "piores" escolas do país, então eu pergunto:

Se pegarmos nos alunos das escolas com piores resultados, e no ano letivo seguinte os metermos nas "melhores" escolas do país, que este ano são os tais colégios privados, será que os alunos, como que por milagre, se tornarão os alunos com melhores notas do país?

E se todos as crianças deveriam ter as mesmas oportunidades, independentemente do berço onde nasceram, então, por que é que há colégios onde só os papás ricos podem colocar os seus filhos, enquanto que outras crianças há que têm de ficar em escolas públicas com turmas de trinta alunos? (Obrigado Passos Coelho e Paulo Portas)

The Guardian

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Conversas Improváveis 20

Fotografia de Elliott Erwitt
À porta do restaurante, devidamente abrigado para servir de sala de chuto dos fumadores, estava um senhor, mais velho, professor, calvo, barba de três dias e óculos, a fumar o seu charuto. Ao lado senta-se outro homem, mais novo, na casa dos quarenta, com a mesma barba de três dias mas menos branca, com menos calvície e olhos azuis a fumar o seu cigarro eletrónico. 

Alguém diz:
... " Mas olha, ao que parece há uns estudos que dizem que o cigarro eletrónico também faz muito mal à saúde. 
O senhor mais velho, professor, que fumava o seu charuto, subitamente, levanta-se e diz para o homem mais jovem que fumava cigarro eletrónico:
- Se isso faz mal à saúde não quero estar à tua beira!

Vão os Robots descontar para a Segurança Social?

Via Google Images

Visto que em breve os nossos empregos vão ser substituídos por robots - no fundo o sonho molhado de todos os patrões: ter alguém que trabalha 24h por dia sem se queixar, sem parar constantemente para atualizar o Facebook, para falar do jogo da bola do dia anterior, das novas promoções do supermercado; sem pausa de manhã nem de tarde para comer, sem direito a ser pago nem a ter direito a férias nem a subsídio de férias, nem a receber para fazer horas-extra, nem com direito a fazer greve... - a pergunta que se impõe é:

- Vão os patrões ser obrigados a fazer descontos dos seus robots para a Segurança Social para pagar as reformas dos humanos?

Mais grave ainda: que irá fazer toda esta gente, em breve nove biliões de seres humanos durante todo o dia? Consumir milhões de produtos feitos com o trabalho dos robots? Mas consumir com que dinheiro?
Pois é...

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

É Assim...

"Toda a minha vida, desde que entrei no infantário até à data de hoje, eu sempre soube que era a pessoa mais inteligente da sala. Quando comecei a trabalhar, apercebi-me que as salas estavam a ficar cada vez mais cheias de homens, e mesmo continuando a ser a pessoa mais inteligente da sala, vocês nem imaginam a quantidade de vezes que, em relação às minhas opiniões, eu ouvi os homens começarem as suas frases com: "É assim". E era sempre acompanhado com um sorriso paternalista ("tipo é mulher e tal.."). "É assim" é a expressão mais detestável da língua portuguesa. E porquê? , perguntam-me vocês. Precisamente por isso. Porque não permite discussão. Porque ignora tudo aquilo que foi dito no passado e tudo aquilo que poderá ser projetado no...   futuro. Muito bem. E será ainda mais irritante quando ela é pronunciada por um homem que não percebe nada daquilo que se está a falar e está só a repetir aquilo que um mero assistente lhe terá soprado ao ouvido uma meia hora, vinte minutos antes. Ora bem, e eu prometi a mim mesma: "no dia em que eu não for somente a pessoa mais inteligente da sala, mas também a pessoa com maior poder, eu nunca mas mesmo nunca eu iria repetir essa expressão. Mas, a vida é isto mesmo. É a constante quebra de promessas que nós fazemos a nós próprios. Portanto:  É assim.....


Chegou ao fim a série País Irmão que fui acompanhando, episódio após episódio, no site da RTP. A série agarrou-me desde o início, pelo tom irónico e satírico que faz aos tempos modernos que vivemos atualmente. Muito bons diálogos, tal como é exemplo este início de último episódio.Só estes cinco minutos já valeram a pena...





quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Conversas Improváveis 19

No trabalho, o meu colega conta:
"Chega um jovem de quatorze anos à minha beira e pergunta-me:
- Olha lá, tu já alguma vez tiveste uma "crashe"? (enquanto ouvia isto, perguntava-me que raio de coisa seria essa!)
- O que é isso?
É quando tu gostas de alguém mas essa pessoa não gosta de ti..."


É curioso que há muitos anos, por vezes, quando o computador empancava, havia quem dissesse que o computador "crashou". Agora parece que são os putos que andam crashados do coração e principalmente da língua.