domingo, 5 de novembro de 2017

Telecrã

Saí do centro comercial em frente do Estádio do Dragão e, já depois de me terem perguntado se eu queria "Tickets?", dirigi-me para o carro que tinha ficado estacionado no exterior. Já dentro do carro e com os vidros fechados, um sujeito aparentando ser de etnia cigana, aproxima-se e começa-me a chatear, mostrando-me um telemóvel (ou telecrã como diz agora uma amiga minha que acabou de ler o 1984 do Orwell) e onde eu só reconheci a marca a prateado Samsung (lá está, uma marca que reconheço dos televisores), enquanto que o vou ignorando. 

Até que, perante tanta insistência, tenho mesmo de lhe dizer:
"Ó amigo, isso não vale nada. Eu tenho um telemóvel muito melhor que esse. Não quero isso para nada". E enquanto isso, vou ao bolso e mostro-lhe o meu Nokia 6630 de 2004 e digo-lhe: "Isto é que é que uma máquina!"

Ele riu-se e eu arranquei e fui-me embora. 

Sem comentários:

Enviar um comentário