sábado, 4 de fevereiro de 2017

Eyes Wide Open! 100 Anos de Fotografia Leica

Foi no fim-de-semana passado que me desloquei à Galeria Municipal do Porto (biblioteca) nos Jardins do Palácio de Cristal para ver esta exposição de fotografia. Era domingo, chovia e as minhas energias não estavam muito boas. Nem tinha sequer pensado em sair, apetecia-me era ficar no choco com os meus pensamentos depressivos. Até que uma amiga me pergunta se não queria ir lá. E pronto, logo alterei os planos e forcei-me a sair, que é sempre melhor do que ficar em casa a pensar na morte da bezerra. 

Nana, Place Blanche, Christer Strömholm (1961)

Gostei bastante. Eu gosto de fotografia e de imagens que marquem. Vi por lá muitas fotografias, daquelas que víamos nos livros da escola, como a rapariga a correr, nua, queimada por napalm, o beijo do marinheiro americano à enfermeira, símbolo do fim da segunda guerra mundial, ou ainda o conhecido perfil de Che Guevara. No fundo, aquela exposição conta quase a história do século vinte. 

Como é lógico, umas fotografias chamava-me mais a atenção que outras. E eis que, lá mais ao fundo, num cantinho escondido, quase envergonhado, e para gáudio da minha amiga, estavam fotografias de Nobuyoshi Araki. Apesar do interesse, eu demorei o tempo mais ou menos normal, que demorei para ver as outras fotografias que mais me interessaram. Há coisas que hoje em dia já me deixam a mim, homem, um pouco constrangido. Por exemplo, se calhar não é de bom tom ser demasiado carinhoso com crianças, porque ainda corremos o risco de passar por pedófilos! Então, perante as imagens fortes do fotógrafo japonês, preferi não me demorar demasiado... Ainda passaria por tarado sexual ou pior! Já a minha amiga, demorou uma eternidade...  até fotografou e tudo! As fotografias do autor andam aí pelo net, estas são só algumas imagens dos quadros com as fotografias da exposição que a minha amiga tirou:




Na exposição, além de Nobuyoshi Araki, poderemos encontrar, entre outros, muitos nomes sonantes da fotografia como: Julia Baier, Oskar Barnack, René Burri, Robert Capa, Henri Cartier-Bresson, Gérard Castello-Lopes, François Fontaine, Bruce Gilden, Eva Kemlein, Saul Leiter, Susan Meiselas, Paulo Nozolino, Victor Palla, Alexander Rodtschenko ou Christer Strömholm.

A exposição está patente até amanhã, dia 5 de Fevereiro, e tem entrada gratuita. Já agora, no mesmo espaço, mas no pavilhão Rosa Mota está a decorrer até ao dia 19 uma feira do livro. 

Observação: Atentem nos pormenores. Reparem na linda mulher da primeira fotografia do fotógrafo sueco que faz a publicidade desta exposição... Não acham que tem um pescoço diferente?  
Nem tudo que parece é, e na verdade trata-se de um transsexual. De repente até me rio das inúmeras vezes que já passei por mulher... OK se calhar ainda hoje vou passando. 

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